O Ministério do Meio Ambiente lançou em novembro o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), durante reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente. O documento prevê ações a serem realizadas pelo governo, pelo setor produtivo e pela sociedade nos próximos 10 anos. O objetivo é direcionar o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. O Projeto Criança e Consumo foi uma das iniciativas que contribuíram para o plano, apontando a relação entre publicidade infantil, consumismo e sustentabilidade.
O plano articula as principais políticas ambientais e de desenvolvimento do país, como as Políticas Nacionais de Mudança do Clima e de Resíduos Sólidos e o Plano Brasil Maior. No seu primeiro ciclo, de 2012 a 2014, ele será financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo Plano Plurianual (PPA), e terá seis prioridades: o aumento da taxa de reciclagem, a educação para o consumo sustentável, o fortalecimento da agenda ambiental na administração pública, as compras públicas sustentáveis, as construções sustentáveis e varejo e consumo sustentáveis.
O projeto faz parte de um movimento global pela implementação de um modelo econômico e social mais sustentável, que promova mudanças nos padrões de consumo e produção em todo o planeta. O Brasil, assim como cada país membro das Nações Unidas, deve desenvolver seu plano de ação para os próximos 10 anos. O PPCS foi elaborado sob a coordenação do Pnuma e do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, além de contar com participação de governos nacionais, agências de desenvolvimento, setor privado, sociedade civil e outros atores, através de consulta pública. De acordo com o Instituto Alana, “ao direcionar campanhas de marketing para o público infantil, o mercado se aproveita da vulnerabilidade da criança e estimula ao consumo um público que não tem ainda condições de refletir sobre o quê e como está consumindo, fomentando assim um padrão de consumo completamente inconsciente e insustentável”.
“O discurso publicitário, que vincula o consumo à felicidade, se contrapõe à educação para um consumo mais consciente, que, quando atrelada a educação ambiental, ensina não só a cuidar do planeta, economizando recursos naturais e minimizando nossa produção de resíduos, como faz com que as crianças pensem sobre o quê, quanto e como tem consumido”, afirma a entidade, em seu site oficial.
“É necessária a ação conjunta de pais, escolas, empresas e do Estado na mudança da nossa relação com o consumo. Neste trabalho, são essenciais a atuação de pais e educadores no ensino de noções de cidadania e sustentabilidade, de empresas na responsabilidade socioambiental nas práticas comerciais, e do Estado na proteção das crianças nas relações de consumo e principalmente frente à comunicação de mercado que lhes é endereçada”, defende o instituto.
Veja mais sobre o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis:
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=234&idMenu=12257
Confira o Especial do Criança e Consumo sobre Sustentabilidade:
http://www.alana.org.br/_news/dez-2008/ed-sustentabilidade/newsletter-dezembro-2008-ed-sustentabilidade-online.html
Fonte: Instituto Alana