Office Boy (Arrigo Barnabé)
Nome: Durango
Profissão: Office-boy
Trabalhava que nem um
Desgraçado a semana inteira
No sábado, porém, estava duro
Era sábado e ele ali, sozinho
Sem nem um tostão
Pensava naquela vedete morena
Que tirava a roupa no Áurea Strip Show
Pensava nela dançando coquete
Discoteque
Ele estava duro e resolveu ligar a TV, a TV
A TV, a TV
Ele viu uma chacrete linda
Mascando chiclete, olhando pra ele
Sorrindo, sorrindo
Primeiro erro: ligar a TV
Segundo erro: prestar atenção na imagem
Que estava sendo transmitida
Não podia ser! Aquela era Perpétua
Sua antiga namoradinha
Mas ela era apenas… ela era apenas…
Ela era caixa num supermercado
Todo dia ela só, só apertava os botões
E aquelas máquinas cantavam
Mas agora ela é uma estrela famosa
Se você quiser possuí-la novamente
Você precisa arranjar muito dinheiro, Durango
Como era mesmo aquele anúncio no jornal?
Procura-se rapaz para testar um novo produto
Paga-se bem
Ele então saiu pra procurar
Sozinho o tal endereço
E deu numa casa escura, sombria
Que até dava medo mas ele entrou
Uma enfermeira bonita, gostosa
Falou assim pra ele:
“Venha aqui, querido
que eu vou te dar
uma injeção especial, você vai
flutuar”
E ele flutuou. Sim… flutuou pra longe
dali, envolvido numa sensação deliciosa
Mas, o que ele não sabia, é que estava
sendo transformado num terrível monstro
mutante, meio homem, meio réptil, vítima
de um poderoso laboratório multinacional
que não hesitou em arruinar sua vida para
conseguir seus maléficos intentos. Os
cientistas haviam calculado tudo, mas o
que eles não sabiam era que aquele ser
disforme conservava parte de sua
consciência. E logo todo seu poder se
transformou em fúria e violência sobre-humana.
Os cientistas foram os primeiros
a conhecer sua ira. Depois a cidade
estremeceria ao ouvir falar em
Clara Crocodilo.